sábado, 30 de março de 2019

A morte realmente sempre nos une, mas como matéria e energia bruta, daquele nada que fomos por muito tempo, retornaremos ao agora nada infinito. O que nos une em morte, é o COSMOS, mas ele tambem nos une em vida. Do meu pai carrego lembranças e aprendizados. Eu tive um pai fantástico, diferente de muitos, talvez todos os parentes, nunca criticou ou questionou meu ateísmo, até me ouvia. Carrego orgulho de tê-lo sem pedir, como meu pai. lágrimas me correm nos olhos. O que me resta? Apenas respeitar esta lembrança, me compromissando com o que é digno para os mais necessitados. Tenho alguma certeza que no fundo, ele tinha orgulho de um filho ateu que respeitava com o máximo de compromisso os mais necessitados, que se expunha muito mais pelos outros que pelos seus. Infelizmente, outros parentes não conseguiram se separar da doutrinação religiosa e viam um ateu como uma espécie de aberração, e em toda a humanidade religiosa que possuem, desejavam que um mal pudesse me acometer apenas para eu aprender, para correr para esse deus de bondade que defendiam. Alguns, vejam só, afirmavam que era medo de morrer, CARAMBA, se tenho medo da morte, tão forte assim, era mais um motivo para eu me agarrar cegamente a um deus, a uma vida depois, mas pelo contrário, entendo que a morte é o fim definitivo e eterno de cada um de nós. É uma pena mãe....

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