Ser humano, uma víbora predatória, naturalmente predatória, sagradamente desumana.

"Em seu frenesi de destruir, massacrar, pilhar, matar, saquear, devastar, estragar, assassinar, em sua obstinação em inventar o que baste para destruir o planeta sem o qual não é capaz de viver, o homem prova que a predação é sua lei, sua única lei. Michel Onfray."

O homem tornou-se o predador mais feroz, predador de toda e qualquer espécie, sem um predador único, capaz de predar a própria natureza, sem dó nem piedade, que faz da ganância e do enriquecimento a moral justificadora para tal comportamento desumano, insensível e destruidor. Ele chegou ao cúmulo de predar a própria espécie por vários interesses, por simples discordância, por dogmas, preconceitos, revelações, por simplesmente não ser dos seus. O homem é presa e predador dele próprio, e se esquece que predando a natureza ele preda o próprio recurso que o permite existir...

Algumas vezes vencemos, outras vezes deveríamos tirar algum proveito e aprender algo, mas sempre, umas ou outras vezes, deveríamos aprender sempre, aprender algo, aprender com a realidade, aprender com todos, deixe a curiosidade te motivar,...

Para hoje pensemos e reflitamos sobre isso, somos um ser natural, e a natureza é maravilhosa, mesmo nos segredos que dela aos poucos percebemos e modelamos. Nós somos naturalmente um ser social, reflitamos sobre a sociedade, o como ela está, e nossa possível parcela de responsabilidade tanto por ação quanto por omissão.

Nenhum ser humano é uma ilha...

Sou totalmente a favor da taxação de Grandes fortunas, Grandes heranças, Grandes lucro de capital e Igrejas.

Você não tem muita alternativa, ou você gosta de mim ou eu te incomodo. O mesmo vale para mim, ou eu gosto de você ou não, e a diferença é simples, está nos valores, nos princípios, no conhecimento, no comprometimento.... Ou você se infecta com e por mim, ou você procura me evitar, ou eu me envolvo em seu campo de ser, ou eu te vejo como matéria inerte...

"Não creio na alma imortal, que ela vá para o céu; não creio em nenhum dos discursos religiosos que querem nos fazer crer que a morte não existe e a vida continua depois que o NADA já levou tudo; não creio em nada que de perto ou de longe, tenha a ver com metempsicose ou com metemsomatose; não creio em sinais pós morte."
Podia ser eu falando, mas não sou, são letras do Michel Onfray, datada de 8 de agosto de 2014, no livro COSMOS - Uma ontologia materialista.

A morte realmente sempre nos une, mas como matéria e energia bruta, daquele nada que fomos por muito tempo, retornaremos ao agora nada infinito. O que nos une em morte, é o COSMOS, mas ele tambem nos une em vida. Do meu pai carrego lembranças e aprendizados. Eu tive um pai fantástico, diferente de muitos, talvez todos os parentes, nunca criticou ou questionou meu ateísmo, até me ouvia. Carrego orgulho de tê-lo sem pedir, como meu pai. lágrimas me correm nos olhos. O que me resta? Apenas respeitar esta lembrança, me compromissando com o que é digno para os mais necessitados. Tenho alguma certeza que no fundo, ele tinha orgulho de um filho ateu que respeitava com o máximo de compromisso os mais necessitados, que se expunha muito mais pelos outros que pelos seus. Infelizmente, outros parentes não conseguiram se separar da doutrinação religiosa e viam um ateu como uma espécie de aberração, e em toda a humanidade religiosa que possuem, desejavam que um mal pudesse me acometer apenas para eu aprender, para correr para esse deus de bondade que defendiam. Alguns, vejam só, afirmavam que era medo de morrer, CARAMBA, se tenho medo da morte, tão forte assim, era mais um motivo para eu me agarrar cegamente a um deus, a uma vida depois, mas pelo contrário, entendo que a morte é o fim definitivo e eterno de cada um de nós. É uma pena mãe....

A morte de alguém que amamos, quando se busca viver uma existência conforme filosofamos, pensamos, aprendemos e crescemos, é sem duvida uma prova real do que pensamos, cremos, é uma experiência de um tipo muito especial, particular, pois que põe a prova o que pensamos, pois que nos expõe desnudos frente ao amor que sentimos e a necessidade de perder fisicamente este alguém, sem perder mentalmente este mesmo alguém, põe a prova o que defendemos e pensamos acerca deste assunto, a morte, a eternidade do nada. E não menos doloroso ou curioso, é que a própria realização deste fato, passa a ser um objeto de nosso próprio estudo. A morte abordada como a morte do outro, só que este outro, alguém que amamos, passa ao mesmo tempo a ser a morte em segunda pessoa, tu morres, e não a morte em primeira pessoa, eu morro, nem tão pouco a morte em terceira pessoa, ele morre. A morte em primeira pessoa é algo apenas teórico. Em vivo, mesmo muito doente, próximo a morte mental, não é a morte, e no exato momento que morremos, não mais existimos para conhecer, para saber o que é a morte.
"A morte abordada como a morte do outro torna-se então "A" morte, o exemplo que temos dela." Meditar sobre a morte, é sempre meditar sobre a morte dos outros, a única experiência que temos da morte, a nossa morte é algo que será eternamente teórico. O teórico conforto estoico de acreditar em algo depois não pode superar a realidade de que morreu alguém que amamos. A morte é inevitável, não adianta ficar chocado em demasia com ela, não adianta rejeitá-la. Ela virá, ela sempre vem, ela sempre veio, até os homens deuses morreram, tiveram que matá-los, pois que nem os ditos deuses tem poder contra ela, a morte é um fato inquestionável.
"Podemos até saber o que diz Epicuro a respeito da morte - que ela nada é, uma vez que, quando eu sou, ela não é, e quando ela é eu já nada mais sou - mas descobrimos que até Epicuro, mesmo falando dela, em primeira pessoa, não consegue dizer o que ela é, porque não sabe, ninguém sabe o que realmente ela é."

"Cicero - Filosofar é aprender a morrer"

O materialismo e a Filosofia séria, ou mesmo a Ciência são muito pobres em algum consolo à morte, elas são realmente ineficazes neste tocante. Mas isso não significa que abrem a porta a sofísticas, a retóricas, a belos raciocínios, a ficções consoladoras, repletas de alem mundo. o luto é necessário, o que podemos fazer é dar carinho, respeito, força e tempo.

O trabalho não é um fim em si, mas um meio de suprir as necessidades básicas suas E DA COMUNIDADE.
Não se trata de produzir para juntar, ter dinheiro e lucro para amealhar fortuna, acumular ouro, propriedades, mas sim produzir bens e serviços e dar de comer, distribuindo bem estar a todos...

O homem é muito mais feroz que o tigre. Você dá dez quilos de carne ao tigre, e ele fica saciado. Você cobre um homem de ouro e ele ainda quer mais. Alexandre Romanès.

Criacionismo
Adão e Eva
Pecado original
Terra plana
Milagres
...
Eu sou um dos que defende que o tempo não flui
Olhando em volta tenho a certeza que não fluiu mesmo.

Criacionismo
A Evolução é apenas uma teoria
Foi Newton quem inventou a gravidade
A Terra é o centro de tudo
O nazismo é de esquerda
Não existiu ditadura com o golpe de 64
Tortura, é mera invenção da esquerda
Meninos vestem azul e meninas vestem rosa

Isto está realmente acontecendo???

Sou terminantemente contra sacrifício animal em qualquer ato religioso, ou ligado a qualquer crença.
É uma ofensa a natureza.
Liberdade de professar sua religião, sua fé, não pode ser maior que o direito à vida, que o respeito á natureza. 

O arsenal conceitual platônico não permite pensar o vinho, um vinho real, e nem aquilo que constitui seu real sabor. Demasiadas ideias, demasiados conceitos, muito pouca carne, muito pouca razão corporal, muito pouca razão impura, demasiado intelecto, muito pouco sentido, demasiado apolíneo, muito pouco dionisíaco. Michel Onfray
São palavras que me cobrem com alguma satisfação, pois que mesmo não sendo minhas coadunam com minha triste visão do malefício que este ser pensante trouxe para a humanidade, e que com algumas das ideias tambem de Aristóteles, e dos estoicos, foram uma lástima, atrasando em mais de mil anos qualquer belo progresso de alguma ciência minimamente séria...

O velho Demócrito já sabia, contemporâneo de Sócrates, que somos somente matéria, matéria esta que integra, flui, comunica e interage com toda a matéria do cosmos.

Sem intenção alguma de ser completa a abordagem, muito pelo contrário, ela tem a única função de ser suporte ao meu pensamento final deste post.
O neocortex é uma super recente evolução em nosso cérebro, sendo a porção exterior do corpo cerebral, e "existe" em camadas.
A evolução tende a aproveitar o que deu certo, e não foi diferente com nosso cérebro. A evolução tendeu a dar cada vez mais camadas externas, e assim, "interior" ao neocortex, temos de épocas cada vez, mais antigas, o que tendo a chamar de sistema límbico, e mais antigo ainda o que chamo de cérebro reptiliano.
Desta forma, indiferente a nossa visão vaidosa e presunçosa de perfeição humana, ou de projeto superior perfeito, dentro de cada um de nós rasteja, salta, corre um ente inconsciente que atua comum aos ditos animais (quando fazemos questão de arrogantemente nos separar dos animais que tambem somos, pois que primos naturais de todos eles). Isso é natural e não pode ser visto como vergonha. De novo, somos tão animais quanto qualquer um deles, quanto todos eles. Reagimos muitas vezes guiados por esta parte do cérebro, mas a evolução dotou de forma crescente neocortex a algumas linhagens da evolução, e somos sortudos (ou azarados, depende do ponto de vista entre o que poderíamos ser, e o que somos em maioria, em sociedade) de estar aqui, repleto de neocortex, e assim podemos, ou poderíamos, ou deveríamos pensar, refletir e de alguma forma sermos cada vez mais humanos, racionais empáticos...
Independente de carregarmos um governante parcial reptiliano, somos resultado tambem da emergência do neocortex, e cada uma das três macros abordagens do cérebro, a reptiliana, a límbica e a do neocortex, são importantes, necessárias e compõem o ser complexo que acaba por emergir da funcionalidade natural do cérebro

Busco uma filosofia naturalista e realista do viver...

O tempo, aquilo que a priori apenas os vivos podem construir mentalmente.

A grandeza quase infinita do cosmos, do mundo concreto, contrasta com a pequenez de nossa consciência...

A filosofia nunca é tão grande quando não é praticada. Filosofar sem práxis, filosofar sem pragmatismo é se perder no mundo do possível, e neste mundo, no mundo do possível, tudo é possível, mas muitas coisas são impossíveis, são irreais, são asneiras intelectuais...

A natureza, é para mim a primeira, a maior e a preferencial cultura. A cultura ruim nos afasta da natureza, a boa nos leva a ela.

Um jardim, uma mata, uma floresta, são verdadeiras bibliotecas de saber, mas nenhuma biblioteca constitui sequer um jardim.

"Um livro só é grande quando nos ensina a passar sem ele, a erguer a cabeça, a tirar o nariz do volume para olhar detalhadamente um mundo real que espera apenas nosso interesse." Michel Onfray

Eu acrescentaria, um livro só é bom quando nos ajuda a PENSAR sem ele, quando nos põe em caminhada pela experimentação real da realidade, quado nos impõe a práxis de buscar fazer, de tentar fazer, de experimentar fazer.

A virtude não é conseguida com o tempo, não é função alguma de variação temporal qualquer.
Barba branca, cabelos brancos não são e nunca foram sinônimos de virtude ou de sabedoria, se respeitamos alguns de mais idade, não o deve ser pela idade, e sim pelo que representaram, pelo que deixaram de exemplos, pelo que construíram, pelo sofrimento que conviveram, pela humanidade que tentaram passar.
A idade, que me desculpem os dogmatizados, apenas impõe cuidados, carinho, nunca especial respeito...

No pensamento, o passado se faz presente, já sendo ele mesmo, o pensamento, passado, pois que quando consciente já foi pensado instantes antes.

Vivemos no passado, toda consciência leva tempo sendo processada, e mais tempo ainda até ser alçada, como notícia, a consciência. Somos assim eternos prisioneiros do passado, o presente em si é uma ilusão brilhantemente criada pela mente para nos dar coerência do existir...

Alguns, muitos, na ignorância de se fazerem parecer mais importantes, na incapacidade de se verem pequenos, mínimos na real existência do cosmos, insistem em bravatas e falácias do exercício de se fazerem maiores, filhos de hipotéticos deuses, buscam ampliarem-se a si mesmos no mundo, outros, pela mesma ignorância, buscam a redução do mundo a si mesmos....